segunda-feira, agosto 27, 2007

Sair "Compau" - sotaque brasileiro

Foram quase 3 anos de vida. Muito aprendi. Muito conheci. Muito cresci. Poderia enviar um email emotivo e emocionado de despedida aos utilizadores Compal, com frases emotivas, de autoria de outros ex-colaboradores, como por exemplo:

“A Compal foi como uma escola para mim”

“Vou trocar a camisola de colaborador compal, pela de consumidor compal”

“Adoro a Compal, e a Compal são todos vós!”


Mas não…

Aqui estou com muita vontade de novos desafios! Com muita vontade de voltar a pôr à prova as minhas capacidades! Levantar a fasquia um pouco mais!

E assim parto! Com pau! Com uma força interna daquelas que nos dá certezas que a vitória será certa e os novos obstáculos serão ultrapassados!

Vou comemorar!

Vou vencer!

quarta-feira, agosto 22, 2007

Pensamento filosófico em fase de mudança


FELICIDADE

...essa grande palavra que ninguém sabe bem o que é... Amor? Carreira? Um equilibrio dificil de conseguir entre inúmeras variáveis...

Para aqueles momentos filosóficos, ou para aqueles serões até às tantas no trabalho, recomendo a leitura de um site americano do qual retirei as frases seguintes:

...But are we too busy chasing money to give our relationships the attention their importance to our happiness merits? Unfortunately yes – and we are working longer hours than ever before to earn enough to pay for the stuff that we think we need.

Striving after bigger, newer and better while going deeper and longer in debt keeps us fearful and awake nights.

It doesn't do much for relationships either when jobs and careers come before love and family.

I see this every day in marriages and families torn asunder by up-side-down values. ...Even psychiatry knows that the best buffers against stress are caring human (and animal) attachments.

Como me disse um amigo meu: "às vezes dá vontade de largar tudo e ir dar aulas de vela numa ilha das caraíbas"

Precisamos tanto assim de bens materiais?

Não poderiamos viver de forma mais simples? Viver mais e melhor com muito menos...

Se calhar já não vou comprar a tal máquina fotográfica XPTO que ando a namorar há já algum tempo... ou talvez não...

É incrivel as vezes que nos esquecemos do que é realmente importante...

Aqui vai o link para o site:

terça-feira, agosto 14, 2007

Praias da Croácia

Textos, filmes e fotos gentilmente cedidos por Pedro Costa:

"Umas das coisas divertidas de viajar para destinos de sol e praia é comparar as próprias praias: areia, água, vegetação, bares e claro ver as pessoas e a forma como se comportam.

Em Corfu umas das razões de estarmos sempre em movimento foi em parte o facto de não termos encontrado uma praia, suficientemente boa, dentro das nossas expectativas. Praias de areia mas com água duvidosa e onde é preciso andar 300 metros para a água chegar à cintura, ou com demasiado lixo e sem infra-estruturas decentes, ou com demasiadas pessoas, ou com pedras enormes, que andar de chinelos já é uma tarefa stressante.

Neste cenário tínhamos a Croácia como o escape perfeito e um salto qualitativo na melhoria das férias no que diz respeito às praias.

Pela experiência do nosso grupo, sabíamos que as praias na Croácia são muito bonitas e que fazem lembrar a nossa Arrábida. Serra sobre o mar, água limpa e transparente e muita vegetação.

Chegar à ilha de Hvar com um calor abrasador, depois de 2 dias a dormir em ferry-boats e 5 horas de comboio no meio, só um belo banho de praia iria fazer esquecer a cansativa viagem.

Água

A água simplesmente perfeita, quentinha a 26ºgraus, não muito salgada, com uma transparência interminável, verdadeiro aquário cheio de peixes, perfeita para quem gosta de passar muito tempo dentro de água e nadar, mas um desastre para quem gosta de ondas, pois não existem. Para quem está acostumado aos oceanos é como se fosse um grande lago.

Como alguns aquários, há coisas em que não queremos colocar ou tocar com os pés. O pior perigo são os ouriços do mar, portanto é preciso estar atento e ver bem onde se coloca os pés. Solução uns ténis ou sandálias de borracha, que se vendem muito bem lá.



Areia

A “Areia” bom aqui realmente é que a nossa capacidade de adaptação que é posta à prova. A primeira ideia é criticar e dizer que “bela bosta de praia” e que “saudades da nossa areia” mas depois de estar alguns dias em Corfu a adaptação foi facilitada.



Esqueçam o nosso conceito de areia de praia pois lá não existe. Plataformas irregulares de calcário ligeiramente acima no nível de água e calhaus e pedras de cantos redondos são onde as toalhas devem ser estendidas. Como podem imaginar é difícil encontrar um pedaço de rocha com o tamanho e qualidade para estender o nosso belo corpo, por isso a melhor opção é pagar uma caminha de plástico ou trazer um colchão de borracha. Os chapéus-de-sol também podem ser alugados e são assentes numa base de cimento como nos cafés, embora a sombra dos pinheiros esteja sempre por perto.

Outra opção é encontrar um local onde o acesso à água é como nas piscinas, com típica escada de alumínio ou com um mergulho directo para uma zona mais profunda.



People

As Praias estão cheias de turistas, sendo a maioria da Escandinávia depois Europa de leste e Estados unidos e claro Croatas. Ambiente em Hvar é sofisticado e fashion com corpos jovens e esbeltos e muito topless. Vários bares com lounge music ajudam e tornam atmosfera fun e sexy até ao por-do-sol. Como diversão adicional os jogos de volei, raquetes, futebol são tecnicamente impossíveis, como podem imaginar, a diversão tem que passar para dentro de água: para-sailing, motos aquáticas, mergulho, wind-surf, bóias e bananas rides, canoagem e passeios de barco.



Em baixo um filme da primeira praia que experimentámos em Dubrovnik. Reparem como se aproveita o pouco espaço de rocha disponível e o jogo de polo aquático a decorrer:











Agora reparem nas fotos seguintes da praia mais famosa de toda a Croácia. Reparem como os postais que se vendem enganam!






Caso vos queiram convencer a visitar a bela praia de areia de Bol, Zlatni Rat, não acreditem na parte da Areia, é mais calhau roliço que mais parecem pedras das obras. Vejam o filme:



http://islandbrac.blogspot.com/

Bom importante é sempre olhar para o lado positivo. A água é quente e elas são lindas e não temos de sacudir a areia do corpo ou ficar preocupados que o vento nos atire a areia. Eheheh!!"

sexta-feira, agosto 10, 2007

Arrábida Selvagem

Foi domingo passado!

Eramos muitos!

Quase 20 embarcações!

Muita energia! Muita boa disposição!

O dia começou nublado e acabou solarengo!

Foi a Arrábida Selvagem!

De volta aos kayakes e às pagaias, a malta do Barreiro mais convidados especiais remou do Portinho, passando entre rochas, grutas e realizando manobras arriscadas foi quase até ao cabo Espichel, visitou a pedra da Anicha e terminou na praia dos coelhos.

5 horas a remar resultou numa tarde muito tranquila de volta de petiscos na esplanada Golfinho e de valentes sestas na areia ao fim de tarde.

Longe da adrenalina de descer os rápidos e açudes de um rio tumultuoso, valeu pelo convívio e pela dinâmica de estar num grupo tão grande de remadores. E claro… a beleza natural da Arrábida… simplesmente fantástica!

Algumas fotos do evento:








terça-feira, agosto 07, 2007

Mitos Urbanos


No primeiro post das férias deste ano referi alguns, mas aqui deixo mais alguns mitos. Quem nunca ouviu um rumor, um boato, que nunca fui confirmado? Penso que todos nós e é por isso mesmo que eles se mantêm vivos… por nunca serem confirmados.

Durante a nossa viagem ao sudeste da Europa, fomos várias vezes confrontados com este fenómeno. Ficam aqui 2 exemplos descritos por André Coelho:

Uma dessas vezes aconteceu, quando estávamos na Itália na nossa viagem-transito da Grécia para a croácia. Fomos a um posto de turismo e informam-nos sobre os horários e preços dos barcos para a Croácia. No entanto fomos avisados pela funcionária que normalmente os bilhetes esgotam e que teríamos de nos apressar para os comprar rapidamente. Compramos os bilhetes tal como a senhora nos disse e tivemos a sorte de ainda apanhar bilhetes. Entretanto já dentro do barco reparámos que havia andares completamente vazios, havia lugares a potes, pilhas de lugares disponíveis, nunca haveria um risco de um navio daquele porte ficar cheio até às costuras… enfim... Incrível sendo essa informação fornecida por uma fonte supostamente credível, pelo ponto de turismo.

Outro dos grandes mitos que nos aconteceu foi na linda cidade de Dubrovnik, aliás foi um mito atrás de outro.

Após uma intensa viagem de autocarro dentro da Croácia de split para Dubrovnik em que tínhamos que cruzar a fronteira para a Sérvia por 10 km, (A Sérvia tem um pedaço da antiga Croácia com ligação ao mar por razões portuárias) e que por coincidência, ou não, foi o único lugar onde parámos. Andamos 300km na croácia e os únicos 10km de pais estrangeiro foi onde se lembraram de parar, no mínimo político e bizarro!

No entanto o mito não veio daí, o mito começou quando chegámos à estação de autocarros. O assédio do costume, ainda não saímos do autocarro já temos uma velhota a perguntar se queremos quartinho, claro que educadamente dissemos para se acalmar e esperar que possamos tirar as malas do autocarro para conversamos com calma, mas não…continuou o ataque, imaginem o cenário de 3 gajos a pegar nas malas do autocarro e com uma foto literalmente em frente aos olhos do quarto, (é normalmente como avaliamos quartos para alugar em situações de esforço e levantamento de pesos), depois de alguma luta para conseguir a calma do assédio dos quartos lá conseguimos um mapa da cidade e algumas indicações do posto de turismo que mais uma vez nos forneceu informações bastante suspeitas.

Alojamento no centro, perguntei:

“Não há, ninguém vive no centro, só à volta do centro. Perto do centro só hotéis caros”.

Confirmamos também no lonely planet (um guia de viagem) e lá expressamente dizia que não havia alojamento no centro, que ninguém vivia no centro e que a melhor opção para ficar alojado seria na zona circundante ao centro.

Bom como se tratava de duas fontes credíveis, resolvemos dar alguma atenção ao assédio dos apartamentos que se passava ao lado. De um lado tínhamos um senhor a vender apartamentos na praia mas longe, longe do centro, do outro tínhamos uma velhota a dizer que vivia a 4 minutos de autocarro e 10 minutos a pé do centro. Como o mapa que tínhamos não tinha escala, resolvemos ir na boa fé da senhora e ir até casa dela. A viagem até lá foi surreal num daqueles carros antigos e velhinhos à moda antiga.

A primeira ida à cidade a pé mostrou-se de certa forma uma desilusão, não era bem o já ali que tinham-nos vendido na estação de autocarros e não eram bem os 10 minutos mas 25 minutos a pé e com muito poucos autocarros. A senhora criou este mito dos 5-10 minutinhos a pé para enganar o turista, mas não se ficou por aqui. Já as portas do centro os nossos olhos deparam-se com placas a dizer quartos para alugar, começamos a ficar um pouco suspeitos com o que se estava a passar, entretanto já no centro conhecemos a Dina – uma local que nos arranjou um apartamento exactamente na “rua Augusta” de Dubrovnik.



Ficamos um pouco surpresos com o facto de nos dizerem em todo o lado que ninguém vivia no centro que só havia apartamentos fora do centro e quando lá chegamos existe uma realidade completamente diferente.

Todos esses mitos urbanos que se criam à volta de opiniões dadas por pessoas ou entidades credíveis como o posto de turismo e um guia de viagens reconhecido internacionalmente, fazem com que turistas menos informados acabem por passarem pelas mesmas situações que passamos, mas que pior, nunca chegam a saber o que é realmente verdade.

Todos estes mitos existem em todas as viagens que as pessoas fazem e que se revelam uma desilusão. Ninguém sabe muito bem de onde vêem os mitos e como é que eles chegam a ter a projecção que têm mas a verdade é que eles existem. Por isso nas próximas viagens que façam lembrem-se que podem ser apanhados nas incríveis teias dos… MITOS URBANOS!

Explorando Corfu - Sul


Depois de mais uma noite louca em Corfu, onde os empregados do bar só servem meninas bonitas, deixando de fora os pobres dos turistas masculinos, ficamos acordados até ás 7 da matina para tomar o pequeno almoço do hotel, onde não fomos muito bem recebidos… sobretudo depois de um banho na piscina fora de horas.

Umas horas de sono e assim começou o nosso dia. Pegamos no grande Jimmy e seguimos em direcção a sul. Tínhamos ouvido uns rumores que era a cidade com a melhor noite da ilha de corfu e queríamos investigar.

Durante o caminho parámos em algumas praias, como Agios Gordios (São Jorge) onde nos encontrámos com um casal eslovaco amigo.

Assim que chegamos a Kavos a meio da tarde fomos surpreendidos com uma pequena vila com ruas compridas cheias de bares e discotecas completamente vazias e com muita pouca gente na rua, dando um ar de faroeste a este lugar pitoresco.

Conseguimos arranjar um quarto por 8€, comparado com os preços de 25€ na cidade de corfu, percebemos que o mercado nesta cidade era bastante competitivo.

Depois de vermos que as praias perto da vila estavam demasiado sujas das festas das noites anteriores, fomos para uma mais afastada com direito a rally por um caminho acidentado.
Durante e nossa curta estadia na praia, o André tentou fazer uma pequena sesta da qual foi interrompido por uma colónia de abelhas que vivia perto e de tempos em tempos vinha procurar comida perto dos visitantes. Comparando com outras ilhas da Grécia, devido à massificação e falta de planeamento do território, as praias são sujas e nada de especial, dai que o mito de corfu foi mais uma vez desmistificado pela equipa dos peregrinos de leste que trouxeram um pouco de luz aos viajantes menos atentos. Fica desde já a recomendação – Destino corfu – se for pelas belas praias – não aconselhamos.
Agora se falarmos das noites… e num tom sarcástico dizemos em coro: “A noite em Kavos é uma verdadeira relíquia!”. Se os gregos se divertem de forma semelhante aos portugueses, os ingleses é outra história.

98% De ingleses dos 12 aos 18 anos que tomam literalmente a cidade, gritam, saltam, partem, bebem, fornicam, vomitam, voltam a beber, até cair pelas ruas. O alfabeto grego desapareceu em Kavos, o Mcdonalds aparece em força, lojas para alugar tudo e mais alguma coisa, transmissão de jogos de futebol, enfim… vá para Grécia e tenha tudo o que tem na Inglaterra.

Os centros de saúde, esses, não têm mãos a medir: Lesões resultantes de acidentes de motos alugadas, ferimentos de lutas, comas alcoólicos, até casais com cara comprometida a pedir a pílula salvadora do dia seguinte!

Bem que tentámos fazer um aquecimento em casa antes de ir para a noite, mas é demais para nós! Aquele beber, beber até cair, aquela energia, não é para nós. E também vos digo, ingleses que vão para a Grécia para ver jogos de futebol, de certeza que só querem conhecer outros ingleses e tão pouco nos interessámos muito em conhecer.

Eu – “Where are you from?”
Inglesa – “Southampton. And you?”
Eu – “Lisboa.”
Inglesa – “I went to Algarve some years ago! Albufeira”
Eu – “Do you know something in Portuguese”
Inglesa – “Vamos bailar”


Uma noite bastou! E voltamos à capital Corfu no dia seguinte, desta vez para apanhar o barco para Itália. As fotos de Kavos foram-se… mas ficam aqui algumas tiradas no último dia na Grécia, numa praia desta vez cheia de búlgaros e ucranianos, Benitses.





PS: Este texto foi redigido com a participação do André.

Explorando Corfu - 1ºs dias

Corfu – ilha no mar iónico no topo noroeste da Grécia. Do leste da ilha pode-se avistar as montanhas secas da Albânia e inúmeros barcos partem diariamente para Itália.

A cidade de Corfu, ou Kerkyra como dizem os locais, e algumas aldeias no interior, são os únicos redutos gregos. Fora daí não se está na Grécia, está-se em Ibiza ou em Lagos ou em qualquer outra parte do mundo onde o turista anglo-saxónico domina!



Ao aterrarmos na ilha ocorrem logo 2 choques:

1º - O choque de temperatura, 20 graus em Londres e 40 em Corfu.

2º - A quantidade massiva de turistas ingleses e dinamarqueses que estavam no aeroporto com todos as malas a chegaram a um único tapete.

Mas a boa disposição foi instantânea quando somos recebidos pelo André com o seu sorriso XL, o nosso novo jeep descapotável alugado e uma grade de cervejas. Palmas para as capacidades de anfitrião do meu amigo que até lanche tinha preparado quando chegámos ao quarto do hotel.

Planeamento prévio ditou o que aconteceu. Hotel perto das discotecas e longe das praias. Assim durante o dia explorávamos a ilha e à noite a festa ao lado de casa para não precisar de conduzir.

As noites na cidade de Corfu foram muito boas. Os gregos são realmente um povo bonito que cuida imenso da aparência. Tanto eles como elas, super produzidos, as roupas da moda, peles bronzeadas, a noite muito animada. Au bar e Prestige foram os poisos escolhidos por nós. Casas bonitas, musica maioritariamente tecno com alguns êxitos locais.

De forma geral são muito parecidos connosco, nos horários de refeições, no ritmo de vida, na forma de estar e na simpatia com que nos trataram. Claro que a referência à derrota da nossa selecção na final do europeu esteve presente em quase todos os contactos com os gregos.


2º Dia Explorar o norte e centro da ilha

Saímos de Corfu com o compasso apontado para norte e lá seguimos para o primeiro dia de praia. Dassia, Barbati (famoso resort inglês com uma longa extensão de praia de pedra branca), Nissaki e começamos a subir as montanhas a norte.

Impossível não fazer comparações à paisagem grega com a Serra da Arrábida e o Portinho. Das estradas estreitas e sinuosas das montanhas esverdeadas descobre-se lá em baixo as pequenas praias de pedra com uma água azul incrível. As oliveiras e os ciprestes dominam a vegetação, assim como as figueiras, alfarrobas e os arbustos mediterrâneos.



E foi em Kalami que fizemos o nosso baptismo de banho no mar iónico. Água? É mais uma canjinha a 26 graus, mas como doem as pedras nos pés nas entradas e saídas da água…

Chegando à costa norte paramos numa praia de areia perto da cidade portuária de Kassiopi. Areia escura e grande distância para atingir água pela cintura. Ficámos por um barzinho a comer uma das muitas saladas gregas fantásticas e a ouvir música.

De novo partimos ao longo da costa norte da ilha onde visitamos um local recomendado por todos os guias. Sidari! Com umas formações rochosas estranhas, existe a lenda do canal do amor. Um túnel entre essas formações de rocha arenosa que dizem ter o poder de manter unido para sempre qualquer casal que por ele passe.

Mais uma vez, o que vem recomendado nos postais e guias desilude. O canal está tão “turistizado”, que não há um pedaço de rocha que não tenha uma espreguiçadeira.



O dia avança e aventuramos a nossa expedição mais para o interior da ilha. Chegamos a Paleokastritsa e paramos para comprar fruta. Na foto em baixo a placa refere 4 minutos de espera para um sinal vermelho que permite a subida ao cume de uma montanha onde a estrada só tem um sentido. Valeu a pena a espera. No topo, um restaurante panorâmico, uma igreja e um cemitério. Tudo com uma vista incrível a uns 500 metros de altura.

Engraçado e bonita a forma da coluna de sinos que todas as igrejas ortodoxas têm. E se o interior das igrejas é muito simples e modesto, os jardins circundantes são extremamente cuidados e de bom gosto.


E foi na praia na base dessa colina que demos o último banho do dia e assistimos a um pôr do sol fantástico antes do regresso a casa, para mais uma sesta antes de nova saída nocturna.

Férias!

sexta-feira, agosto 03, 2007

Luton - "A Cidade"


Voar de Lisboa para qualquer sítio é quase sempre mais caro que saindo de Londres ou qualquer cidade da Europa central. Lá está a nossa localização periférica a dar cabo dos bolsos dos turistas compulsivos como eu.

Os primeiros a sermos vistos pelo mar, mas os últimos a sermos visto de terra. Valha-nos o tempo fantástico que temos!

Ora, claro está que, comprando o bilhete de avião para a Grécia tão em cima da data, ficou mais barato ir por voos indirectos com escala em Luton, Londres.

Para quem voa muito, o aeroporto de Luton é já uma escala comum e pernoitar no ou perto do aeroporto também.

Mas quantos têm a ousadia de passar um dia de férias a visitar a cidade de Luton? Muito poucos…

Ficámos hospedados no Red Lion Lodge, pub e restaurante no rés do chão, estalagem de 2ª categoria no 1º andar, a meia hora do aeroporto e os episódios caricatos começaram logo à chegada. Problemas na reserva feita pela Internet puseram-me a mim e ao Pedro a dormir na primeira noite de férias bem juntinhos numa cama de casal. Bom, de casal não devia ser inglês, com o tamanho que tinha para a altura dos ingleses tenho dúvidas.

De realçar o aspecto pitoresco dos quartos com decoração típica de avozinha inglesa com as tábuas do chão a ranger e tudo. E claro! Tínhamos chá preto à nossa espera no quarto. Chá com fartura não faltou.

Depois de muita discussão lá nos “compensaram” com o pequeno almoço grátis. Ena que pequeno almoço! Recomendo as fatias de pão frito! Que saudável comem os ingleses!



Como tínhamos o voo apenas às 14h deu para um passeio no centro da cidade. Existem pequenos concertos de rua por toda a cidade, centenas de pessoas de um lado para o outro, tudo sob uma chuva miudinha interminável.

Afasto-me do Pedro para tirar umas fotos. Quando volto a procurá-lo na multidão vejo a conversar com um senhor com semblante indiano bem alto, enormes olheiras e voz forte! Deu-se o seguinte diálogo:

Estranho – “Do you believe in God?”
Pedro – “yes!”
Estranho – “Do you believe in Jesus then?”
Pedro – “yes also!”
Estranho – “Does He help you?”
Estranho – “Do you feel like born again?”

Lembro-me de pouco, apenas de que nos explicarem que estava a decorrer uma acção das paróquias locais para alertar e chamar as pessoas para a oração. Concertos, várias pessoas a espalhar a palavra e até … Um MEGA BARBACUE! Grátis! E abençoado!

Quando nos despedimos do senhor “estranho” recebemos um cupão para um hamburger grátis, a ser frito naquele momento numa chapa a gás e à chuva.

O tamanho da fila fez-nos desistir, mas valeu pelo ambiente e pelas canções meio pop meio catequese que ouvimos por todo o centro.



Claro está que cidade de arredores de Londres sem uma grande comunidade polaca é algo já difícil de encontrar com os enormes números de emigração dos últimos anos. Não deixei de ser surpreendido pelas lojas de produtos polacos! Incrível como as comunidades emigrantes se movem tão rápido. Desde o pão e bolos, passando pelas salsichas fumadas votkas e terminando nos iogurtes Jogobela, tem de tudo o que se pode encontrar numa Sklep Spocziwsze.



E terminou o nosso primeiro e ultimo dia chuvoso das férias e com temperaturas inferiores a 30 graus. E partimos para Corfu na Grécia.

quinta-feira, agosto 02, 2007