domingo, janeiro 13, 2008

Um sábado sem planos

Sábado acordo já tarde. Tenho combinado com 2 grandes amigos irmos tomar o “brunch” juntos a Alcântara. Que modernos esses termos “inglesados” dados à refeição intermédia entre pequeno almoço e almoço.

Com os atrasos do costume e a enorme procura que os restaurantes da zona tinham acabou por ser mesmo um lanche.

O grupo acordou que fosse um dia sem planos. Deixar-nos levar pelos apetites do momento. Aproveitar o presente sem fazer planos… o “Logo se vê” recomendado para um dia de folga e tão típico da nossa raça.

Acabou por ser um dia memorável:


Entre leitura de livros e jogos de tabuleiro acompanhados com muito chá em Alfama.



Seguido de martinis e mais jogos de tabuleiro na baixa pombalina.


Continuando com jantar e a habitual peregrinação de bar em bar no bairro alto, acabando a dançar e a pular num clube perto do miradouro do Adamastor na Bica.


Pena que seja já domingo… e como chove lá fora.

Um grande abraço Marco e Ivo

O mundo é uma ervilha

Esta Europa é demasiado pequena.

Apesar das diferenças entre países, agora estamos todos mais próximos, com os voos de baixo custo e a facilidade com que se pode passar um fim de semana noutro país. Algo impensável na geração dos meus pais.

Com frequência acontecem coincidências de encontrar algum vizinho numa visita a um museu espanhol, ou cruzar com amigos numas ruínas na Tunísia. Outros tempos…

Coincidências e acasos do destino à parte, ocorreu-me um recentemente bem engraçado e que me fez pensar:

“Este mundo é uma ervilha!”

Estou eu na Suiça a jantar com colegas de trabalho de outros países europeus e o nome de família de uma colega Suiça pareceu-me demasiado eslavo. Pergunto-lhe se tem família dos Balcãs. Do que me lembro do diálogo foi algo assim:

Eu – Tens raízes eslavas? O teu nome não me parece nada suíço…

Ela – O meu pai é eslovaco e a minha mãe é Suiça.

Eu – Ah! Ok, está explicado.

Ela – Conheces a Eslováquia?

Eu – Sim. Bratislava maioritariamente, mas também já estive nas montanhas tatras uns dias. Tenho lá alguns amigos.

Ela – Vou passar lá o Natal com a família.

Eu – Já alguma vez visitaste Portugal?

Ela – Sim. Tenho primos afastados na Moita.

Eu – Ena! Moita! E o que visitaste?

Ela – Só estive lá na altura das festas da Moita. Touradas e largadas. Estranho aquilo. Ah, e também conheci um centro comercial gigante a caminho do aeroporto (referia-se ao Fórum Montijo).

Ilariante...

Aí está! Eu na Suiça, a falar com suíça/eslovaca que pelo que conhece do meu país tem uma ideia bastante redutora do que realmente é. Um pais com festas populares estranhas em que se bebe e come muito e se brinca com animais bovinos. E centros comerciais gigantes.

Realmente este mundo é pequeno!

Consegui passar-lhe a mensagem que há bem mais para ver.

E aqui ficam umas fotos que mostram como este mundo está mais pequeno e em que cada vez mais os povos são parecidos, no entanto, sem perderem a sua entidade nacional.

Quantos países no mundo têm bares que vendem cerveja a metro? Que país inventou o conceito primeiro? Não me apetece procurar. Se alguém souber que deixe comentário.


2 momentos: a preparação e o consumo

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Sorte ao jogo, azar...

Poker, Black Jack e afins... jogos muito populares nos "states" e cada vez mais pela Europa. Antes maioritariamente em casinos, agora mais frequente em casa entre amigos, em qualquer livraria de Lisboa se encontram baralhos profissionais com jogos completos de fichas e outros acessórios.

Conhecia as regras apenas dos jogos de computador, no entanto entre amigos, gargalhadas, cerveja, aperitivos e sobretudo, apostando dinheiro a sério, o jogo de poker torna-se numa experiência bastante interessante.

Algo universal é a irmandade automática que os homens criam quando se dispõem a competir entre si seja em que desporto for. Um género de empatia, entendimento, a eterna luta amigável:

"a minha é maior que a tua".

O homem é suposto ser o género agressivo e a mulher o género belo e pacifico, mas nem sempre assim é. Não que as mulheres também não sejam fortes quando se unem, no entanto competindo entre si, são muito mais "sacanas", note-se o eufemismo.

5 homens à volta de um baralho de cartas, seja lerpa, sobe e desce ou poker, essa atmosfera cumplice, ilegal e de comunhão é conseguida. As quantidades de fichas a aumentam e a diminuem conforme o jogo avança e as cervejas se esvaziam.

Dizem que o perigoso do "jogo" é ganhar alguma vez. Pois é... ganhei... e fiquei a gostar ainda mais de poker, sobretudo com as regras de competição de apenas 2 cartas na mão e 5 cartas comuns a todos descobertas na mesa.

Um a um "limpei-os" a todos e ficou a esta foto a registar o momento da vitória final! Soma e segue!


Exclamei: "Putain de portugaise!!" e foi a gargalhada geral!

Alguém disse: "Deixámos-te ganhar , porque és nosso convidado!"... claro, claro.

Para quem percebe da matéria aqui fica o mão ganhadora com a qual saí vitorioso da última partida a dinheiro jogada entre colegas de trabalho franceses. Ambos com um jogo péssimo, apenas um par de três e a fazer um enorme bluff, elevámos bem as apostas bem para depois a senhora sorte ditar a vitória para o meu lado por apenas uma "pinta":



Sorte ao jogo, azar no... nahh!