quarta-feira, abril 12, 2006

Ano Novo - Nowy Roku


Já aqui escrevi sobre passagens de ano. Para alguns é apenas mais uma data, para outros e para mim é das melhores festas do ano. Esta data faz-me realmente pensar, reflectir sobre o que foi, o que é e o que será. Verdade que sempre levo a cerimónia das 12 passas muito a sério. Há sempre o perigo de criar demasiadas expectativas sobre a festa e sair decepcionado por estar à espera duma festa de arromba e afinal…

Eu corro esse risco! Faço sempre grandes expectativas e nos últimos anos não me tenho desiludido! Houveram 2 passagens de ano que jamais esquecerei. A do milénio 1999-2000 porque foi em Madrid com os meus amigos do Barreiro e por todas a mística que teve com a passagem do milénio. A de 2004-2005 que vou contar agora.

2004 e 2005 foi “A” passagem de ano. Foi um momento da minha vida em que se decidiu muita coisa. Onde tudo mudou… Estava eu em pleno semestre Erasmus na Polónia, Cracóvia, último ano da faculdade, já a saber que vinha estagiar para a Compal, a semanas de acabar com uma relação amorosa que durou quase 3 anos, enfim, um ponto de viragem.

Os meus amigos Pedro e Rui estavam de visita e vieram passar os últimos dias de 2004 comigo. Foi óptimo ao fim de 6 meses ter alguém com quem falar português novamente. Ao fim dum jantar muito bem preparado, mas com pouco ambiente festivo decidimos escapulirmo-nos e ir-nos juntar a outro grupo de amigos meus polacos.

Deviam estar mais de 100.000 pessoas na praça Rynek Glowny. Muito frio, mas ambiente muito quente. E foi assim que se passou 2004. Grande fogo de artifício. Cantando, rindo, saltando, ouvindo um concerto dos Milowicz, falando com desconhecidos, espalhando o amor! J Nowy roku! Nowy roku!


Engraçado foi nessa noite nos termos transformado em verdadeiros fura festas! Saltámos de festa em festa a espalhar a fé lusitana em troca apenas de uns copos de wotka e de uns amassos.


Saídos da praça entramos num táxi e rumo a festa na casa do meu amigo Jarek. Um pé de dança, um copo, e devido à interacção entre Rui e a namorada de Jarek, tivemos de sair de mansinho. Esta está feita. Novo táxi, nova viagem, sem antes fazermos amizade com 2 raparigas que já regressavam a casa.

“Epá ouvi falar numa festa de uns erasmus alemães na ulica miodowa!” – “Bora lá ver!” Chegamos tarde, alguns discutem, outros namoram, mas a festa já está a morrer… Procuro por caras conhecidas e encontro algumas. Uns dedos de conversa, que com a quantidade de álcool nas veias tornam-se em verdadeiros discursos poéticos, e partimos para outra…

Saudades desse ritmo…

O melhor de tudo é que nas noites seguintes foi mais do mesmo. Dizem que se o novo ano corre bem ou mal depende da forma como festejamos no dia 31 de Dezembro. Entrei no ano de 2005 a festejar, mas foi trabalhar sem parar desde Fevereiro, altura em que regressei a Portugal.

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