sexta-feira, maio 12, 2006

Um Paraiso perdido... um pôr do sol diferente

Se me perguntarem onde foi o sitio onde já gostei mais de estar, fica dificil de responder pois todos os sitios sao diferentes uns dos outros e cada um especial à sua maneira, mas no entanto existem sempre momentos que marcam a vida de uma viagem e que nunca mais se esquecem.

Falo de coisas unicas e nunca antes exploradas, coisas diferentes, lugares novos e longe dos olhares comuns que todos ouvem falar.

Lembro-me de um verão, um verão mágico (obviamente na companhia do Filipe) no ano de 2003. Exames acabaram no Iscte e mais um verão começou, faziamos as malas para mais uma aventura....mais uma viagem. Lá fomos nós mais uma vez rumo a um lugar diferente. Quando se falam em ilhas e praias exóticas na europa, 9 em cada 10 diria que estou a falar da Grécia....mas não.... bem pertinho num outro cantinho diferente existe um paraíso de praias e ilhas exóticas, que muitos não sabem bem onde é, outros ainda pensam que estão em guerra, outros acham que faz fronteira com o kazaquistão, mas estou a falar de um país que se chama Croácia.....

Um paraiso perdido do ‘outro lado’ de Itália. Uma reliquia com mais de 2100 ilhas pequenas o que faz o segundo pais da europa a seguir á Filandia com mais ilhas...surpresos!!!...., pois é.....um verdadeiro paraiso unico e ainda muito por explorar e longe dos olhares comuns dos turistas e dos roteiros mais populares.

Nesse verao tivemos em lugares absolutamente incriveis que os nosso olhos presenciaram e que nunca tinham visto.

Relembro-me de uma terra pacata no meio da região de istria algures no norte da Croácia com o nome de Pula. Terriola pequena com meia duzia de habitantes e um coliseu romano(ponto alto e unico da cidade em termos culturais). A simples viagem para chegar a Pula vindos da Eslovénia dava um livro. Por incrivel que pareca foi nesta pacata vila, que eu e o Filipe presenciamos um dos mais bonitos e incriveis por do sol que alguma vez vi na vida.

Ficamos na pousada da juventude longe de tudo e de todos, alem de pula já ficar perdida no mapa, tambem a pousada era perdida no mapa de Pula, algures no meio de rochedos e de olhares discretos lá se encontrava esta pacata e simples pousada, que tinha nada mais nada menos do que uma praia privativa, para aqueles que queriam desfrutar de um verão tranquilo aproveitando o que de melhor a vida nos deu.

Existia uma praia simples com agua transparente, em forma de "U" tal como nas imagens que vemos da Grécia das agências de viagens, mas nem queriamos acreditar onde tinhamos vindo parar.

Já dentro de água a sensação de estarmos num rio ou mesmo piscina era impossivel de não sentir, de tanta calma que nos rodeava naquelas águas calmas e quentes daquela praia embutida numa enseada que criava um silêncio próprio. No horizonte o sol já descia lentamente e relaxadamente como nós naquelas águas transparentes. O silêncio conseguia-se ouvir naquele instante em que o sol descia enquanto se mergulhava naquela água pura.

E em silêncio disfrutámos relaxadamente até o sol se pôr, um momento simples, uma paisagem única.....

Toda aquela calma, serinidade fazem com que elegessemos aquele lugar como unico e especial onde o sol se põe, tal como em todos os outros lugares, dia após dia, mas que o olhámos e sentimo-lo de forma diferente.

Posso dizer que nos sentimos contentes de ter tido a oportunidade de ter estado lá para viver a simplicidade da magnitude daquele pôr do sol naquele cantinho perdido de um pais que poucos conhecem...

2 comentários:

Filipe Roque disse...

Está um bocado apaneleirado, mas dificilmente o descrevia de forma diferente. Faltou lembrar que em vez de areia as praias têm pedras. E faltou dizer que foi o primeiro dia de praia depois de várias desilusões em Zagreb, Ljubljana e Viena. Foram as melhores férias da minha vinha. Hvar... que saudades. Obrigado André por participares no Blog. Abração para Amsterdão.

Mendonça disse...

Olá pessoal viajante! Eu também achei uma beca apaneleirado, ainda por cima numa viagem a dois :) Estou a brincar, deve ter sido muito porreiro, é um local para visitas futuras, de certeza... E gostei da dinâmica da alternância entre textos "jornalísticos" e "poéticos" (filipe roque dixit).
E agora, Madrid! Boa sorte míudo!