terça-feira, setembro 05, 2006

Gaivotas em terra, tempestade no mar


O calor Madrilleno aperta, o ar está seco, o colarinho da camisa permanentemente suado… Água… fresco… vai uma caña?

Felizmente existem fins de semana e felizmente existem fins de semanas em destinos frescos para trocar o “bafo seco” madrilleno por algo mais fresco, doce e libertador… a brisa húmida do Atlântico.

Estive nas Berlengas! Um destino aborrecido para quem não dispensa discotecas e praias de areia branca, mas foi perfeito para mim.

Porquê?

- Presença dos meus maiores amigos,
- Ver água o tempo todo,
- O sabor a aventura que se respira nas ilhas,
- A beleza crua da natureza,
- Ausência de rede nos telemóveis e distância dos computadores,
- E por último o clima nublado e o vento fresco que se fazia sentir.

No entanto admito que é difícil para muitas pessoas dormirem nas Berlengas. A ausência de energia e de água canalizada afasta logo a possibilidade de haver turismo em massa. Esquecendo as comodidades a que estamos habituados passa-se um fim de semana fantástico. A ausência quase total de vegetação e as inúmeras grutas, dá um aspecto austero à ilha, no entanto as águas límpidas, os mergulhos, os peixes, os cheiros do mar, o forte de S. João Baptista e a sua fantástica localização e os passeios em barcos rudimentares tornam os dias fantásticos com um sabor a aventuras de piratas.

Ah! Quase esquecia… nas colinas, nas casas, na água, no ar, em todo o lado, gaivotas. No fim de contas são elas as donas das ilhas! Foram elas que as descobriram primeiro e são elas que as habituam todo o ano, nós, humanos, teremos de nos contentar com apenas 4 meses, porque sendo parque natural e local de nidificação destes piratas dos oceanos, após Setembro fica vedado o acesso aos turistas.

Suportando a viagem de 45 minutos em mar alto sem enjoar o resto é canja! E entre copos, jogos de cartas, jogos lógicos e matemáticos, matraquilhos, ténis de mesa, mergulhos e muito boa disposição passámos um fim de semana espectacular que jamais esquecerei.

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